CORTES DE CIMA
Em 1988 a bordo do veleiro Gazelle la Goelette partiram o casal Hans e Carrie Jorgensen numa longa viagem desde o outro lado do mundo pelo Golfo da Biscaia e ao redor da Finisterra, chegando então à sub-região da Vidigueira, no Alentejo.
Deixaram para trás vinte anos de trabalho de Hans na companhia dinamarquesa United Plantations, na Malásia.
Atualmente são 400 hectares de vinhas, olivais e florestas, com castas brancas e tintas.
Sustentabilidade das mais diversas maneiras, desde ser a @cortesdecima a primeira vinícola em Portugal com uma central de energia solar, pioneira também na solução ambiental para o tratamento dos efluentes produzidos na adega, que são reciclados em pântanos naturais, onde crescem canaviais que consomem a água e a matéria orgânica, sendo cortadas e utilizadas como compostos orgânicos nas vinhas. Tudo isso complementado por uma caldeira alimentada pelos caroços de azeitonas (subproduto da produção de azeite). Uma barragem construída pelo engenheiro Hans quando compraram a herdade assegura a autonomia hídrica durante todo o ano.
As vinhas e o olival estão inscritos no programa de Proteção Integrada (pulverização preventiva não é permitida). O sistema Smart-Dyson, utilizado na criação das vinhas aumenta a exposição das uvas ao sol, o que diminui a necessidade de tratamentos químicos.
Em 1996 nasce o primeiro vinho com o rótulo Cortes de Cima. Em 1998 nasce da audácia do casal um vinho que ganhou Medalha de Ouro em Londres, Bruxelas e Bordeaux: Incógnito, que era um varietal de Syrah, à época casta não autorizada no Alentejo na Denominação Regional Alentejano.
Atualmente são produzidos o Courela, Chaminé, Cortes de Cima, o Homenagem a Hans Christian Andersen, os varietais Aragonez, Trincadeira, Syrah, Petit Verdot, Sauvignon Blanc e Touriga Nacional, finalizando com o Incógnito e o Cortes de Cima Reserva, produzidos desde 2020 pela enóloga Anna Jorgensen. @vitis_viniferal
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Texto: Sommelière Érika Éttori (@erikaettori).