VINHO CONGELADO
Recentemente discorri sobre os ICE WINES, vinhos feitos a partir de uvas congeladas. Não é disso que estou falando.
Todo mundo por vezes vê uma sequência considerável de garrafas sendo postadas nos meus stories e apenas o Mario e eu degustando... bom, não é que bebamos tudo; tampouco descartamos. Fazemos a prova e CONGELAMOS. Isso mesmo: colocamos no freezer.
Embora existam diversas críticas quanto ao método, por constatação empírica ao longo do tempo, verificamos que a técnica de conservação por congelamento das garrafas de vinho abertas funciona na maior parte dos vinhos.
Essa observação foi feita por amostragem de um universo de mais de 200 garrafas, sendo que apenas 2 ou 3 apresentaram alterações organolépticas. Ainda assim, não sabemos afirmar se esses vinhos sofreram alteração pelo congelamento ou por alguma falha do processo de congelamento e/ou contaminação prévia.
Consideramos garrafas de vinhos tranquilos (não espumantes) de até 150 reais (congelar um Grand Cru da Borgonha seria um sacrilégio), e a maioria manteve suas características originais após um único congelamento, sendo o descongelamento realizado naturalmente, em temperatura ambiente.
As garrafas não estavam cheias (devido à expansão do líquido) e foram posicionadas verticalmente no congelador.
Claro que existem técnicas mais eficazes para tomar uma única dose do vinho, a exemplo do Coravin (inserção de cápsulas de argônio) - já teve vídeo do Mario mostrando como usar e post replicado do Mazon. Mas, não é sempre que estamos dispostos a fazer um investimento considerável nesse tipo de equipamento (cerca de 5 mil reais, mais as cápsulas que giram em torno de 100 reais cada), ou mesmo o possuímos à disposição.
No dia-a-dia a técnica de congelamento se mostrou bastante eficaz à pretensão corriqueira para os vinhos de combate tranquilos, até mais do que o Vacu Vin (bomba à vácuo que extrai o ar de uma garrafa aberta e a veda novamente), já que esse último permite a conservação por uma semana e o congelamento se mostrou eficiente por alguns meses.
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Texto: Sommelière Érika Éttori (@erikaettori).